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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Dor de cabeça na gravidez






Ponto principal: A maioria dos remédios para dor de cabeça, como a aspirina e o ibuprofeno, não é recomendada para mulheres grávidas. O paracetamol, porém, é considerado seguro. Mas, antes de apelar para os medicamentos (sempre consultando o médico), você pode tentar algumas alternativas. 

Desde que engravidei, venho tendo dores de cabeça horríveis. Por quê?

Não é incomum ter dor de cabeça na gravidez, em especial no primeiro trimestre. Se você sempre teve uma tendência às cefaléias, a gestação pode agravar o problema. 

Os especialistas não sabem exatamente por que isso acontece, mas apostam nas mudanças hormonais que revolucionam seu corpo, e nas alterações na circulação sanguínea. 

Deixar de consumir bebidas ricas em cafeína (o que é muito positivo para a gravidez) pode ter o efeito colateral de acabar provocando dor de cabeça. Entre outros possíveis responsáveis pela dor estão o cansaço permanente, a congestão nasal, o estresse e a fome. 

A boa notícia é que, para a maioria das mulheres, as dores de cabeça da gravidez tendem a diminuir ou ir embora no segundo trimestre. Os médicos acreditam que isso acontece porque o fluxo de hormônios se estabiliza, e o corpo se acostuma às alterações químicas que sofreu. 

Já as enxaquecas (um tipo de dor atribuído ao funcionamento anormal dos vasos sanguíneos da cabeça) são outra história. Para algumas mulheres que sofrem do mal, ele até melhora na gravidez, mas para outras os episódios de dor se tornam mais frequentes e mais intensos. 

Posso tomar alguma coisa para aliviar a dor de cabeça?

A maioria dos remédios contra cefaléia, como a aspirina e o ibuprofeno, não são recomendados. O paracetamol é considerado seguro para grávidas, se tomado com moderação. Sempre converse com o obstetra antes de tomar qualquer remédio durante a gestação. 

É seguro continuar tomando meu remédio contra enxaqueca?

Depende do medicamento. Converse com o médico para saber se o remédio que está acostumada a tomar pode ser usado durante a gravidez. 

A dor de cabeça pode indicar um problema mais sério?

Em algumas ocasiões, que são raras, a dor de cabeça pode ser sinal de um problema mais grave. Por exemplo, se você também estiver com a pressão alta e for detectada proteína em sua urina, você pode ter pré-eclâmpsia, um tipo de hipertensão muito perigosa durante a gravidez. 

Mas, para a grande maioria das mulheres, as dores de cabeça são um efeito colateral desagradável mas temporário de ter um bebê na barriga. 

Tirando os remédios, há algum truque para aliviar a dor?


Você pode experimentar as seguintes estratégias: 

• Descubra o que deflagra a dor 
Você fica com a cabeça latejando depois de passar muito tempo dentro do escritório abafado? Então saia de vez em quando para respirar ar fresco. 

Suas dores de cabeça aparecem quando você discute com seu parceiro ou briga com as crianças? Pense em maneiras de evitar essas situações antes que a irritação provoque a dor física. 

• Use a velha e boa compressa 
Aplique uma compressa de água morna em torno dos olhos e do nariz para cefaléias ligadas à congestão nasal, e uma compressa de água fria na nuca no caso de dores de cabeça tensionais. 

• Submeta-se a uma massagem 
Se você tiver tempo e dinheiro, aproveite e marque uma massagem de corpo inteiro com um profissional treinado. Mas, se o luxo estiver fora do seu alcance, peça a seu parceiro para massagear suas costas e sua nuca, ou apele para uma lavagem de cabelo caprichada no salão de beleza. 

A massagem funciona bem principalmente nas dores de cabeça causadas pela tensão que vai se acumulando nos músculos do pescoço, dos ombros e das costas. 

• Coma com frequência e em porções pequenas 
Níveis baixos de açúcar no sangue costumam provocar dor de cabeça. Se você comer com mais frequência, pode evitar o problema. 

Se não der tempo de parar para um lanchinho, mantenha algumas guloseimas saudáveis (bolachas, frutas, barras de cereal) dentro da bolsa. 

• Faça atividades físicas 
Há indicações científicas de que a prática regular de atividade física pode reduzir a frequência e a intensidade das enxaquecas. 

• Tome um banho frio 
Uma chuveirada de água fria é um remédio simples mas eficaz para alguns tipos de enxaqueca, porque contrai os vasos sanguíneos dilatados, o que proporciona um alívio rápido, embora às vezes de curta duração. Se não der para tomar um banho, lave o rosto com água fria. 

• Tente a acupuntura 
O tratamento com acupuntura é considerado seguro e eficaz contra dores de cabeça (e contra enjôos). Peça ao médico ou a amigos a indicação de um acupunturista.













quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

25 semanas de gravidez

Como seu bebê está crescendo

Mesmo sem ar nos pulmões, seu bebê começa a fazer alguns exercícios de respiração. Por outro lado, os cinco sentidos estão se desenvolvendo com rapidez. 

Tomografias do cérebro de fetos nesta fase mostram que os bebês respondem ao toque e que, se uma luz for colocada diante da barriga das mães, eles tendem a virar a cabeça -- o que, segundo especialistas, indica o funcionamento do nervo óptico

A cada dia que passa, seu filho se parece mais com o recém-nascido que será daqui a alguns meses. O cabelo já tem cor e textura, embora depois do nascimento elas possam mudar. Bebês que nascem com cabelo escuro muitas vezes depois ficam com cabelo claro e vice-versa. 


Clique aqui para ver uma imagem do seu bebê.

Obs.: Segundo os especialistas, cada bebê se desenvolve em seu próprio ritmo, até dentro do útero. As páginas de desenvolvimento fetal têm o objetivo de dar apenas uma ideia geral de como o bebê cresce durante a gravidez.

Como fica sua vida

Seu sono provavelmente não anda muito reconfortante devido a sonhos intensos ou a pesadelos. Isso é bem normal, já que, ao dormir, seu subconsciente vira o espaço para dar vazão a temores sobre a gravidez e seu futuro papel de mãe. 

Além disso, a barriga maior torna difícil encontrar uma posição confortável na cama. 

É recomendável começar a criar o hábito de dormir de lado (caso você ainda não faça isso). Travesseiros são seus grandes amigos, por isso use vários: entre as pernas, embaixo da barriga, na lateral ou onde eles a deixarem mais confortável. 

Confira seu calendário do bem-estar para esta semana 

Os seus cabelos

O bebê não é o único que está com mais cabelo. É bem possível que agora o seu cabelo esteja mais abundante e sedoso que antes. Não se assuste, porém, se ele cair, porque isso também ocorre para algumas gestantes. 

Pode ser que você note ainda que seus pelos do corpo estão mais escuros e grossos e que resolveram aparecer no queixo, no lábio superior, nos seios e até na barriga. Isso ocorre devido ao aumento dos hormônios sexuais andrógenos, mas tudo voltará à normalidade nas semanas posteriores ao nascimento do bebê. 

Como sobreviver ao estresse das festas de fim de ano






Quando se tem um bebê em casa, as festas de fim de ano mudam totalmente de figura. Montar a árvore de Natal pode virar um dilema: por um lado você quer ver o brilho nos olhos do seu filho com os enfeites, por outro tem certeza de que ele vai se pendurar na árvore e tudo virá abaixo -- em cima dele! 

E há todo aquele clima, que praticamente obriga você a passar momentos mágicos com sua família. Mas como, se falta dinheiro para os presentes, o trânsito deixa você maluca, há mil coisas para fazer ao mesmo tempo e você ainda tem de administrar o atrito familiar? 

Felizmente, nem tudo está perdido. Algumas estratégias podem ajudá-la a aproveitar a temporada de festas sem tanto nervosismo. Vamos lá: 

Baixe suas expectativas

Fazer sozinha uma linda e deliciosa ceia é o máximo, mas chega uma hora em que é preciso admitir: não dá para fazer tudo, especialmente quando se tem um bebê em casa. Simplifique as coisas, seja comprando alguma coisa pronta, seja pedindo ajuda aos convidados, seja diminuindo a escala do evento. 

Não deu tempo de comprar aquela árvore de Natal que você queria? Improvise, enfeite a janela com luzinhas ou ponha uns enfeites numa planta da sala e pronto. Não deu para testar aquela receita nova? Paciência, ponha um peru pré-temperado no forno. Você queria fazer rabanadas em casa e não teve tempo? Peça a um parente que traga da padaria, elas vão estar quase tão gostosas quanto. 

Simplifique os presentes

Crianças pequenas gostam da farra de abrir presentes, mas, pensando bem, elas não precisam de tantos presentes assim. É natural que você queira dar o mundo ao seu filho. Mas a realidade é que bebês ficam cansados de abrir embrulhos, e você tem de levar em conta que parentes e amigos também vão trazer alguma coisa para o bebê. 

Mesmo nas famílias que decidem não trocar presentes entre adultos, pouca gente resiste a comprar uma lembrancinha para as crianças. 

Facilite as compras

Procure comprar todos os presentes de que precisa no mesmo lugar, de preferência com alguma antecedência, para não enfrentar lojas lotadas. Comprar pela Internet é uma boa opção -- pesquise bem os preços e fique atenta aos prazos de entrega. 

Faça uma listinha para se organizar. Com tanta coisa acontecendo, você pode acabar esquecendo de comprar o presente de amigo oculto do escritório, ou a lembrancinha daquele priminho que você quase nunca encontra. 

Respire fundo para fugir dos conflitos

É inevitável algum estresse na época das festas, e as reuniões familiares acabam virando ocasião perfeita para o ressurgimento de velhas mágoas. Se alguém fizer um comentário atravessado, respire fundo e procure não responder de supetão, na lata. 

Alguns segundos de reflexão já serão suficientes para atenuar o tom da sua resposta e evitar que a situação degringole de vez. 

Divida o trabalho

Em vez de assumir tudo sozinha, se houver eventos na sua casa, combine com os convidados de cada um trazer uma coisa. Além de facilitar seu expediente, ajuda na divisão das despesas. 

"Minha mãe sempre estava com tudo impecável quando os convidados chegavam", conta uma leitora do BabyCenter, "e todo ano era a mesma coisa: ela ficava exausta e com a impressão de que as pessoas não tinham dado valor a todo aquele trabalho". Por isso, ela prefere pedir aos convidados que cheguem cedo e ajudem com os últimos preparativos. "É bagunçado, mas divertido, e a gente passa mais tempo junto." 

Enxergue as festas através dos olhos do seu filho

Você não precisa ter a foto do seu filho no colo do Papai Noel. É capaz que haja uma fila enorme, e que o bebê abra o berreiro bem na hora. Talvez ele se divirta mais com um único passeio a uma árvore de Natal cheia de luzinhas. Muitos especialistas não recomendam que crianças menores que três ou quatro anos sejam levadas a eventos de queima de fogos de artifício, por causa do excesso de barulho e pelo risco de acidentes com queimaduras. 

Invente suas próprias tradições

Pense em rituais simples que possam ser repetidos todo ano, originais ou não. Lembre-se das coisas de que gostava de fazer na sua infância, nessa época. Pode ser um passeio para ver as luzes de Natal, um café da manhã especial, uma comida predileta, pular sete ondas no Ano Novo ou simplesmente embrulhar presentes juntos. A família é sua e você escolhe. 

Dê um tempo!

Achar um tempinho para você mesma é sempre difícil, e, quando chega o fim do ano, pior ainda! Até mesmo viagens de férias podem ser fontes de estresse no corre-corre da época das festas. Lembre-se, porém, de que crianças pequenas sentem o nervosismo dos pais e tendem a ficar irritadas também, o que só piorará a situação. 

Por isso, reserve um tempo para o seu bem-estar: combine uma sessão de compras com aquela amiga que nunca consegue encontrar, fuja para um cineminha, tome um banho caprichado sem precisar ficar prestando atenção se o bebê acordou ou está chorando, saia para uma caminhada sozinha, areje a cabeça. Veja mais idéias no nosso artigo "Paparique-se"

Por fim, não finja uma felicidade que não está sentindo. As festas de fim de ano tendem a trazer à tona muitas lembranças, tanto as boas quanto as ruins. Você não precisa se obrigar a estar feliz, se não estiver. 












sábado, 21 de dezembro de 2013

Hematoma subcoriônico- final feliz para Benjamim


Sem dúvidas, um dos posts mais procurados aqui no Me Sinto Grávida é o que a Camilla Wolf conta sobre o hematoma subcoriônico que teve durante a gestação do Benjamin. Por isso, resolvi dar mais alguns detalhes sobre esta intercorrência que, segundo o Medscape Education, atinge 25% das mulheres durante a primeira metade da gravidez.
O que é: também chamado de sangramento subcoriônico, o hematoma subcoriônico é a acumulação de sangue dentro das dobras do córion (membrana fetal exterior, ao lado da placenta), ou dentro das camadas da própria placenta. Se ficaren muito grandes ou se não forem absorvidos, estas hemorragias ou coágulos podem causar o descolamento da placenta na parede uterina.
hematoma-subcorionico
Quem corre mais risco? Aparentemente, não há fatores de risco específicos para o desenvolvimento de um hematoma subcoriônico. Mas os cuidados após a detecção devem ser seguidos para que ao final você tenha um resultado positivo.
Quais são os sintomas? Sangramento pode ser um sinal, geralmente começando no primeiro trimestre. Entretanto, em muitos casos, o hematoma só é detectado durante a ultrassonografia de rotina, sem que haja sinais ou sintomas perceptíveis. Por isso, a ultrassonografia de primeiro trimestre é importante, tendo como um dos seus objetivos detectar a existência de hematomas subcoriônicos.
Preciso me preocupar? Você não seria normal se não se preocupasse ao ver sangue, independente do estágio da sua gravidez. Entre em contato com seu médico, só ele poderá dizer se há algo muito errado ou não. A maioria dos hematomas subcoriônicos se dissolvem sozinhos, mas é possível que o coágulo entre a placenta e a parede uterina resulte em aborto.
Boa notícia: Mais da metade das mulheres que sangram durante o primeiro trimestre levam a gestação adiante perfeitamente saudáveis. A Camilla Wolf mesmo é um exemplo. Benjamin nasceu no último dia 18 de outubro, super saudável e a cara da mãe. Ou seja, prova viva e concreta que vocês, se estiverem passando por isso, não precisam se desesperar.
Logo após o parto do Benjamin. Família linda!
Logo após o parto do Benjamin. Família linda!
O que você deve fazer: Ligue para o médico se houver sangramento, com a ultrassonografia é possível detectar se há realmente um hematoma subcoriônico. Se a resposta for sim, também será possível identificar onde está localizado e qual o seu tamanho. Dependendo dos resultados, bem como sobre as preferências do seu médico, ele poderá recomendar em repouso absoluto. Não podendo levantar objetos pesados e evitar exercícios físicos. Também pode ser solicitado o jejum sexual, até que o hematoma se dissolva desaparecendo por completo.

MAMAES, PARTICIPEM NO SITE BABY CENTER!

Concurso BabyCenter - Feliz Natal! - Fotos postadas até 23/12.

http://imageserve.babycenter.com/30/000/192/cFWVTxrFYiLkIgd3CKDzHYTi6JOnlzkN
Lutty3008
17/12/13
 Poste aqui uma foto bem bonita representando o Natal.

Pode ser foto de bebê ou de grávida, mas tem que ter motivo natalino, ok?

As fotos devem ser postadas até 23/12 e o resultado sai no dia 24/12.

A foto vencedora é escolhida pela equipe do BabyCenter. Ela vai ficar na homepage do site por 1 semana e também será publicada na página do BabyCenter no Facebook.

Os participantes deste concurso concordam com a publicação das fotos no Facebook e em outros materiais do BabyCenter.
Luciana - coordenadora da comunidade


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Estresse na gravidez: livre-se desse mal









HOJE A TARDE,EU ME ESTRESSEI  E LOGO COMECEI A TER FALTA DE AR.


Por melhor que seja o conselho, ainda é comum encontrar mamães que só recorrem a médicos ou especialistas quando algum problema relacionado à gravidez já foi notado. Poucos se previnem antes que algo de ruim aconteça. O "check up" antes da concepção é tão importante quanto o pré-natal.
Um grande estudo realizado na Dinamarca indicou que as mulheres que tiveram grande período de estresse até seis meses antes de engravidar podem ter um parto prematuro. Isso poderia ser evitado caso houvesse ações preventivas na fase pré-natal.
Os pesquisadores dizem que os hormônios que regulam a ovulação (implantação do óvulo e formação da placenta) aumentam quando há eventos estressantes. Foi detectado alto nível desses hormônios nas placentas das mamães que tiveram seus filhos prematuramente.
O parto prematuro não está somente relacionado ao estresse antes da gravidez. Os estudiosos relatam que outros fatores desencadeantes de estresse podem ser fatores que levam a um parto prematuro. Citando alguns: tensão no trabalho, problemas financeiros ou desentendimentos com o parceiro antes da gravidez.
Portanto, uma consulta com o médico antes de engravidar é fundamental para preparar o organismo da mulher para receber o futuro bebê, evitando de maneira simples complicações sérias no futuro.
Risco – Eis algumas recomendações às futuras mamães para uma gravidez mais tranqüila. Pare de fumar, beber ou usar drogas. Consuma ácido fólico três meses antes da concepção, importante para a prevenção de má-formação no feto. Melhore a qualidade da alimentação (troque salgadinhos por frutas).
Cuide de pequenas infecções, como urinária e genital, que se tornam um risco à gravidez.
As mulheres devem lembrar sempre que a gravidez é a formação de novo serzinho dentro da suas barrigas e todo cuidado é pouco para o seu bem estar. Agora a saúde não é mais só dela e, sim, dos dois.
Pense no melhor momento para engravidar, não é no meio de uma crise com seu marido ou quando estão exigindo muito de você no seu trabalho que é hora de um bebê. Quando estiver tudo tranqüilo é hora de pensar no seu futuro bebê.
Dicas
Se deseja engravidar, procure um médico para fazer os exames antes da concepção.
Não entre em pânico se engravidou sem querer e não fez um "check up" antes. Um bom pré-natal será a melhor maneira de verificar se está tudo bem com você e seu bebê.
Hoje em dia todos nós passamos por períodos de estresse. Não se preocupe se já estiver grávida ou nos preparativos. Continue com os acompanhamentos médicos.









Sangramentos que podem acontecer durante a gravidez.


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Getty Images
As manchas de sangue podem ser de diferentes origens. Procure um médico, mas fique calma porque, algumas vezes, o sintoma não significa um risco para o bebê
Não importa a fase da gestação, basta aparecer um ponto de sangue na calcinha para a futura mãe perder o sono. Preocupação bem-vinda. É urgente mesmo consultar um obstetra diante das complicações que esse sintoma pode sugerir. Mas nem todo sangramento é motivo de desespero. Em algumas situações, o sangue é até normal e não representa risco para a gestação e o bebê, como explica o ginecologista e obstetra Alexandre Pupo, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

“No primeiro mês, por exemplo, é normal ter um sangramento leve, comumente confundido com a menstruação pela data em que acontece. Mas isso é apenas a implantação do embrião. Quando ele cola na parede do útero, pode romper algum vaso sanguíneo”, explica Pupo.

Confira abaixo os possíveis motivos de sangramento nas diversas fases da gravidez e saiba quando eles denunciam um problema mais ou menos grave. “Em todos os casos, qualquer sangramento deve ser imediatamente avaliado pelo médico”, enfatiza o ginecologista.

Primeiro mês
Cerca de quatro semanas após a fecundação, ocorre a implantação do embrião na parede do útero. O movimento pode causar rompimento de vasos sanguíneos, gerando um discreto sangramento por cerca de dois ou três dias. “É aquele caso confundido com a menstruação. Mas o fluxo não é intenso. Surgem apenas traços de sangue na calcinha. Nada abundante”, diz Pupo.

Até o terceiro mês
Pode acontecer um sangramento devido ao descolamento do saco gestacional, que está se moldando ao útero. Fique atenta! Um médico deve ser consultado com urgência e o repouso será fundamental para que o saco se fixe novamente, evitando um processo abortivo. “O sangue é eliminado discretamente, em pequenas quantidades. É escuro, parecido com borra de café, não está associado a cólicas e pode durar vários dias.” No período, também é possível acontecer o sangramento de aborto. “Bastante intenso, o sangue é bem vermelho, tem presença de coágulos e vem acompanhado de fortes cólicas”, explica Pupo.

A partir do terceiro mês de gravidez
Os sangramentos são menos comuns nessa fase. Depois do quinto mês, eles podem ser o sinal de um problema conhecido como placenta prévia. Isso acontece quando a placenta, o órgão responsável pela oxigenação e alimentação do feto, se fixa no lugar errado, geralmente perto do colo do útero, e não na parte média, como é o normal. “É algo raro, mas traz complicações para a gravidez. Por isso, deve ser diagnosticado o quanto antes”, explica o médico Alexandre Pupo. Ele diz que, nessa situação, o sangramento é abundante, de cor vermelho-vivo e não vem acompanhado de cólica.

A partir do sétimo mês
No final da gravidez, o risco é outro tipo de hemorragia: o descolamento prematuro da placenta. “É mais comum após o sétimo mês e em gestantes com pressão alta. Tem como sintomas, além do tom de sangue vermelho-vivo ou escuro, cólicas fortes e contrações persistentes”, afirma Pupo. A situação é grave e deve ser tratada com urgência.

No nono mês, acontece o sangramento mais esperado. É o que ocorre durante o trabalho de parto, juntamente com as contrações, quando o útero se rompe “Nessa hora, a mulher já está acompanhada do médico, que toma todas as providências”, diz Pupo.

Relação sexual e hemorroidas
Durante toda a gestação Dois outros sangramentos são comuns na gravidez, mas nada têm a ver com o desenvolvimento do bebê. São eles:

 - Hemorroidas: dificilmente é confundido com aborto, já que ocorre a partir da região anal. “Frequente entre as grávidas devido ao aumento de fluxo sanguíneo na pélvis, tende a se agravar no final da gravidez por causa da compressão sobre as artérias da região. Se a mulher perceber sangue nas fezes ou ao se limpar com o papel higiênico, deve procurar o médico”, aconselha Pupo. O problema também tem como sintoma dor ao evacuar.

- Sangue durante ou após a relação sexual: esse sintoma está relacionado a três causas principais. Uma delas é a infecção vaginal. “Se a mulher estiver com o problema, o pênis pode machucar a parede da vagina”, explica Pupo. Feridas no colo do útero, de origem hormonal ou decorrente de alguma doença, são outro fator de sangramento. E o terceiro tem a ver com a intensidade da relação: os movimentos bruscos podem causar traumas na entrada da vagina. A posição de quatro pode ainda provocar uma hemorragia. É que o movimento do pênis costuma causar um acúmulo de gás na vagina, levando, em alguns casos, ao rompimento do seu fundo”, conta Pupo. É importante saber que, nas três situações, o sangramento acontece durante ou imediatamente após a relação. Nunca dias depois do sexo.